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O mundo dos dinossauros

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No início deste ano, em uma caixa de brinquedos na sala haviam dinossauros de borracha. Estes dinossauros despertaram uma enorme curiosidade nas crianças, além de se tornarem grande fonte de brincadeiras e criações, uma delas é o Mundo dos Dinossauros. Quem comandou essa ideia foi o Pedro, o mais empolgado de todos. Pela manhã, ao chegar à escola ele trazia novidades sobre esses animais que ele havia visto ou lido com seus pais, na internet ou em livros. Então iniciei com a pergunta: como vamos fazer um Mundo dos Dinossauros? O que teria que ter neste lugar? As crianças responderam: Dinossauros!!!! Então fiz mais perguntas: onde eles moravam, o que tinha lá, onde eles dormiam, o que comiam...etc. Foi então, que as crianças perceberam que não sabiam como responder isso. Dessa forma, pegamos os mais variados livros e revistas para observarmos e pesquisarmos o que deveria ter no Mundo dos Dinossauros. Olhando esse material fizemos uma lista do que deveria ter neste lugar: vulcão, terr

Planejar e escutar bebês e crianças: um diálogo necessário.

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Neste início de ano letivo muitas professoras e professores se deparam novamente com um questionamento muito recorrente: o planejamento. Isso é muito bom, questionar e buscar novas estratégias e refletir sobre as práticas é um grande passo para continuarmos a nos constituir como professores buscando uma educação de qualidade e humana respeitando as crianças, familiares e comunidade. Sempre escuto perguntas tais como: como fazer um planejamento e ouvir os bebês e as crianças ao mesmo tempo? Isso é improviso? Se eu escuto os bebês e as crianças eu não preciso planejar? Eu vou ficar parada esperando uma borboleta entrar na sala para poder falar de borboleta? O primeiro passo é deixar evidente o que se entende por escuta, o que significa planejar, e  perceber que tudo isso está intimamente relacionado com as concepções que orientam nossa prática profissional, e como entendemos o que é  um bebê e uma criança e o que é ser uma professora. Ouvir os bebês e as crianças é muito mais do que s

O desenho e a natureza

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As crianças são pesquisadoras, observam o mundo à sua volta, teorizam sobre ele e assim também vão aprendendo a representá-lo. Como professora sempre que posso gosto de compartilhar os olhares das crianças com outros adultos, compartilhar meus olhares com as crianças e principalmente aprender com elas novos jeitos de ver, assim uma folha, encantadora por sí só ganha outros contornos, outros traçados, novos significados adquiridos com o olhar muitas vezes inaugural das crianças.  Após uma visita ao Parque das Águas, no bairro do Itaim Paulista, as crianças tiveram a oportunidade de olhar outros tipos de árvores, sementes, plantas, flores, bichinhos...encontramos também morangos silvestres protegidos por um enorme formigueiro (claro que descobrimos isso bem depois, fugindo delas com os morangos nas mãos) resolvemos coletar galhos, sementes, folhas e flores que estavam pelo chão e levamos de volta para nossa escola. Lá pudemos olhar de várias maneiras, usamos lupas e usamos também su

Exposição de pedras

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As pedras estão presentes na vida das crianças, que encontram diariamente no parque várias delas, oriundas do aterramento feito na escola. As crianças as usam de diversas maneiras, algumas vezes pesquisam o peso, outras usam as pedras para fazer ferramentas para cavar, ou ainda para subir os morros da escola. Porém algo diferente aconteceu, as crianças tiveram uma grande ideia: fazer uma exposição de pedras!!! Provoquei as crianças a pintarem as pedras, para que ficassem coloridas para a exposição, a ideia foi aceita e as crianças criaram cores e misturas para elas. Depois de pintadas as pedras foram para a sala, em um canto em uma exposição. Mas as crianças, curiosas, imaginativas, pesquisadoras não deixaram a exposição parada, logo virou brincadeira e descobertas intensas!!! Como as pedras eram de concreto e conforme eram mexidas esfarelavam, a areia virou suporte para o desenho e as pedras o emolduravam: Depois o desafio passou a ser empilh

O que significa fazer uma Festa Junina na escola?

Estamos no mês de junho e com ele, logicamente nos vemos envoltos em muitas festas juninas. Abraçadas nos calendários escolares desde o início do ano e por muitos anos, e que demandam dos educadores, das crianças e a sua comunidade um tremendo trabalho e preparação. Quem não gosta? Há os que esperam ardentemente por essa época e confesso que estou nessa lista. Contudo, não podemos passar por esse mês sem problematizar algumas questões tão latentes e que precisam e urgem de discussões e reflexões. Talvez precisássemos de um artigo mais demorado e acadêmico para isso, e é certo que não terei tempo para tanto, já que estamos no dito mês e não podemos deixar de apontar algumas tensões. Primeira pergunta, a qual considero crucial: por que comemorar essa festa na escola? A próxima pergunta, tão crucial quanto a primeira: qual a nossa intenção em comemorar essa festa? Por que comemorar essa festa? Ela é histórica e culturalmente importante, principalmente para o nosso país, trazida p

Comidas do quintal

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A brincadeira de casinha, muitas vezes, está basicamente atrelada aos cuidados, vemos mães e pais cuidando de seus filhinhos, colocando-os para dormir, vestindo-os e principalmente cozinhando para eles. A cozinha da casa pulsa!!!!Vibra!!!! E clama pela imaginação!!! As comidas imaginárias logo pedem suporte, queremos cozinhar e qual será nossa comida? Neste momento encontramos folhas, terra, areia, pequenas sementes, flores, massinha, água, papel picado, tecido e até a combinação entre eles podem se transformar em pratos deliciosos!!  "O brincar não tem especialidade técnica; está mais próximo do trabalho do artesão do que do homem industrial. O material do brincar, do brincar dos restos, especialmente dos restos naturais, traz a matéria essencial sem os racionalismo do brinquedo pronto, amiudado à realidade. É a memória do primitivo trato inventivo com o mundo natural e da exigência de conhecê-lo para habita-lo. ( PIORSK,2016, p.103). Muitas vezes ao olharmos as crianças